Império dos sonhos de David Linch é um filme onírico, mas com efeito muitíssimo menor que Cidade dos sonhos.
Este blog já sofreu inúmeras transformações. Foi criado como espaço de críticas de filmes. Depois agregou pequenos comentários sobre algum fato da situação nacional ou internacional. Também teve crítica de teatro, apenas duas, mas teve. E agora será utilizado novamente com o princípio norteador do cinema. Ora trazendo comentários sobre filme, mas sobretudo armazenando vídeos relacionados ao conteúdo didático do jovem.
- 10 Centavos - 19 minutos
- A Pessoa é para o que ele nasce - 7 minutos
- A obsolescência programada - A História da duração das mercadorias, da geração do consumismo
- Ilha das Flores - 13 minutos
- Lota Macedo Soares - A paisagista e urbanista que criou o Parque do Botafogo
- O Dia que Dorival encarou o guarda - 12 minutos
- Vidas no lixo - 15 minutos
O que é um documentário?
sexta-feira, dezembro 28, 2007
Vastas emoções e compromissos partidos
Império dos sonhos de David Linch é um filme onírico, mas com efeito muitíssimo menor que Cidade dos sonhos.
sábado, novembro 03, 2007
Pátio do Colégio surpreende pelo descaso
Soda cáustica, culeiformes fecais: A Barbárie instalada ou O recall dos seres humanos
O caso é que hoje, 3 de novembro o Estadão on line publicou a seguinte notícia:
sábado, 3 de novembro de 2007, 14:40 Online
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco74924,0.htm
Cargill faz recall de quase 500 mil kg de hambúrgueres nos EUA
REUTERS
CHICAGO - A gigante do setor agrícola Cargill informou neste sábado que está fazendo o recall de quase 500 mil quilos de carne do tipo de hambúrguer distribuídos nos Estados Unidos devido a uma possível contaminação por coliformes fecais. A Cargill Meat Solutions afirmou que uma amostra dos 491,7 mil quilos de carne de hambúrgueres distribuídos entre 8 e 11 de outubro deu resultado positivo para a bactéria E. Coli em teste realizado pelo Departamento de Agricultura do país. Os sintomas associados à contaminação com a bactéria incluem fortes dores de barriga, diarréia e desidratação. Crianças, idosos e pessoas com baixa resistência são as mais vulneráveis. "Nenhuma doença foi associada com o produto", disse John Keating, presidente da Cargill Regional Beef, em comunicado. "Estamos trabalhando junto com o Departamento de Agricultura para remover o produto do mercado." O recall foi o segundo da companhia em um mês. Em 7 de outubro, a Cargill anunciou o recolhimento de quase 400 mil quilos de carne congelada processada em Winsconsin.
Um fez o que outro deixou anunciado
Um dia para os imigrantes
Fui conhecer hoje o Memorial do Imigrante. Não achei meus avôs com seus sobrenomes croatas, mas encontrei o lado mais humano de todos nós, independentemente do continente que partam.
Um lugar, hoje, pelo menos, lindo, aconchegante, com pássaros que não se espantam com a presença humana. Com figueiras colossais. No meio do trem, do metrô e das grandes avenidas.
quarta-feira, outubro 31, 2007
Banguelos, analfabetos com bilhões lavados em estádios de futebol
Jesus não tem dentes no país dos banguelas. Jesus não tem dentes no país dos banguelas. A burguesia fede... enquanto houver burguesia não vai haver poesia. Polícia pára quem precisa... Não não vamos pagar nada é tudo free... tá na hora... é tudo free... vamô embora.
Bilhões lavados em estádios... e o povo comendo farelo sem precisar de dentes... e o povo vendo imagem sem precisa ler letras, mas também sem saber ler ícones.
Quando o acaso gera um boa surpresa
DRUM é uma revista dirigida por brancos em que homens negros talentosos escrevem matérias de entretenimento. Até que a esposa de um dos jornalistas resolve cutucar: - Esta não é a África do Sul que se vê pela janela. É o estopim da virada... da descoberta da verdadeira matéria jornalística, que também está perdida em algum verbete das enciclopédias. Das denúncias de escravidão, de maus tratos prisionais, de prisão sem razão, da desapropriação e expulsão de negros para a periferia. O filme mostra mais: a lei de imoralidade: quando negros namoram brancos. tudo é tão escandoloso e tão próximo. Sempre se pensa em barbárie para algo volumoso do ponto de vista de vítimas e de brutalidade, mas a barbárie está disseminada, próxima e ganhando volume. O filme retrata uma situação pré-prisão de Mandela.
Outra boa história que vi por incidente de uma sinopse (a da Folha, que fique bem claro) para lá de mal feita foi o filme romeno O resto é silêncio. Um filme contando a história da produção de um filme. O recurso metalingüístico é antigo, mas o contar está bem feito. O filme é bom e mostra que desde o início, além das dificuldade que David Linch critica ainda hoje com maestria em seu rico jogo metafórico em Cidade dos Sonhos, o cinema nasce em meio a tantas ciladas e tantos falsos mecenas.
sexta-feira, outubro 26, 2007
Um quê de tristeza
domingo, outubro 21, 2007
Ateus, uni-vos em nome da vida terrestre, a única que existe
segunda-feira, outubro 08, 2007
Um dia, no verão está amarrado do começo ao fim
domingo, outubro 07, 2007
Aborto: descriminalizar já
segunda-feira, outubro 01, 2007
Exploração dos imigrantes é o fundamental de Nação fast food
Filme estadunidense é permeado de defesas contestáveis (como a do Greenpeace) e incorpora levemente o documentário The Corporation, mas não custa (quase) nada assisti-lo.
Por menos que se espere, é verdade que sempre se espera algo de um filme estadunidense que pretende denunciar o que quer que seja. Imagine adentrar a vastidão de possiblidades do mercado alimentício. Temas e subtemas vêm à tona. Nação fast food não vai entrar para a história por isso, mas talvez por aquilo que menos tenha querido introduzir como debate: o nível de exploração cada vez mais sórdido dos imigrantes mexicanos, aliás, em especial, das mulheres. Algo do que se viu em Pão e Rosa, de Ken Loach, explorando mais o submundo real que a consciência política dilacerada pela condição básica da existência: comer.
O sotaque espanhol está ficando cada vez mais audível no cinema estadunidense. Como dizem os mexicanos: "Não somos nós que invadimos as fronteiras, foram eles que a puxaram"; em relação a tomada de terras do México pelos Estados Unidos ainda na segunda metade do século XIX.
Greg Kinnear, o pai bonachão metido a escritor de 10 passos para o sucesso, de Pequena Miss Sunshine, não repete sua atuação, mas Paul Dano - que vive o adolescente que se recusa a falar com a família até ser aprovado como piloto de caças - consegue, com um papel mínimo, chamar a atenção.
segunda-feira, setembro 17, 2007
Profissionais da educação municipal de São Paulo em manifestação para barrar arrocho, sucateamento e privatização
domingo, setembro 16, 2007
Documentário sobre Milton Santos é uma apanhado de imagens do mundo global
O pequeno italiano retrata painel russo pós restauração capitalista
domingo, setembro 09, 2007
Exposição sobre São Paulo desvenda a trajetória histórica de mestiçagem cultural
Para quem não conhece o Parque da Água Branca, no final daquele descomunal monumento ao mau gosto, também popularmente denominado de Minhocão, mas que atende pelo nome oficialmente grotesco de Elevado Costa e Silva, e quer encontrar um bom motivo para dar uma chegadinha até o local. Voilà. Este final de semana (15 e 16) é o último para conferir a XI edição do Revelando São Paulo.
São barracas com comida típica, artesanato de verdade, danças, jongo, congada e outras coisas que muita gente desconhece haver por estas bandas. Mas há. Além disso, o parque, que é pequeno, e por isso mesmo mantém seu charme é convidativo. Há também uma biblioteca onde se pode com tranqüilidade fazer a leitura do jornal.
O vídeo traz um pouco do trabalho dos artesãos da barraca de Embu das Artes, na Grande São Paulo.
sábado, setembro 08, 2007
Querô adaptado perde força
sábado, setembro 01, 2007
São Paulo é tema de exposição na Galeria Olido
quarta-feira, agosto 29, 2007
Santiago é um afago à arte cinematográfica
terça-feira, agosto 14, 2007
Person vale mais que o ingresso
domingo, agosto 05, 2007
Comédia do Poder credita corrupção ao capitalismo, negando seu aparente viés nacionalista
domingo, julho 29, 2007
Merten pergunta: O que há com o cinema brasileiro?
Lula: o novo homem da armadura de ferro?
''Pesquisa não revela ameaça à popularidade de Lula''
Rosa Costa, BRASÍLIA
O desgaste do governo federal com o apagão aéreo será tanto maior quanto mais tempo o setor ficar sem soluções concretas e a crise permanecer nas manchetes dos jornais. Mas a figura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por causa do tipo de público que usa transporte aéreo, tende a ser protegida.As avaliações são do diretor do Instituto Vox Populi João Francisco Meira, que, em entrevista ao Estado, revela que foi feita pesquisa em São Paulo, três dias após o acidente com o avião da TAM, no cenário da tragédia. "Os resultados não ameaçaram a popularidade do presidente na capital. Houve uma queda, mas não muito grande", afirma, sem dar mais detalhes. Meira não vê relação entre as vaias ao presidente e o apagão aéreo, apesar de assessores petistas terem entendido a reação como uma resposta ao caos nos aeroportos. Avalia que o colapso na aviação repercute menos contra Lula do que o quase apagão elétrico no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), que atingiu toda a população. "Embora seja um meio de transporte usado pelas classes A,B e C, a aviação está longe de ser um transporte de massa."O senhor vê relação entre as vaias ao presidente Lula na abertura dos Jogos Pan-Americanos e no Nordeste e a crise do apagão aéreo? Aplaudir ou vaiar é do jogo. Vaia no Rio tem um sentido cultural, não tinha ainda nenhuma implicação maior. E nos Estados é um gesto de funcionários públicos em greve e de estudantes fazendo manifestações.Essas vaias vão ter reflexo na próxima avaliação da popularidade do presidente?Já ouvi vaias ao Juscelino, ao Jânio, ao Jango, já ouvi vaias para todos os presidentes. Só não tomou vaia quem nunca se expôs ao público, como os dirigentes da ditadura militar. Alguns foram até aplaudidos. Vaiar ou aplaudir é do jogo da política. O que não quer dizer que os níveis de popularidade do presidente são imóveis. Há amplos setores da opinião pública que, hoje, não estão contentes nem com o presidente nem com o governo. A que o senhor se refere quando fala em amplos setores? Além de relevantes estatisticamente, são pessoas que têm capacidade de expressar esse descontentamento, têm acesso aos meios de comunicação e, portanto, são capazes de sinalizar esse descontentamento de uma forma mais expressiva. Isso pode, com o tempo, se disseminar. Mas isso tudo é relativo porque também o governante e o governo reagem a isso tomando medidas aqui e ali em função dessas coisas. Há uma dinâmica aí que nem sempre é muito previsível. Não quero dizer que vai ficar assim, o que eu quero dizer é que vai demorar a mudar e não será por esses indicadores que hoje estão aí, que são insuficientes.O acidente com o Airbus da TAM, que expôs ainda mais a crise aérea, afetará a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva?Essa hipótese não está provada nem negada. Não existem ainda dados consistentes a respeito disso. A única evidência foi uma pesquisa feita na cidade de São Paulo três dias após o acidente, no cenário do acidente, com a população extremamente impactada com isso. Mesmo assim, os resultados não ameaçaram a popularidade do presidente na capital; houve uma queda, mas não muito grande. A questão do acidente em si provoca comoção, emoções, sentimentos fortes, mas não necessária e diretamente contra o governo.Se a crise continuar, com os aeroportos superlotados, a classe média sem condições de planejar viagens, isso pode reduzir a popularidade do presidente? Acho que a popularidade pessoal do presidente está ligada à capacidade percebida de resolução de problemas que começam com as desigualdades sociais, que passam pela questão da estabilidade econômica, do desenvolvimento e questões específicas como criminalidade, saúde, habitação, questões de infra-estrutura, inclusive a crise aérea. A avaliação que o eleitor faz é ampla e leva muitas coisas em consideração. Evidentemente que, se esses problemas da infra-estrutura e do sistema aéreo continuarem nas manchetes como algo que incomoda e sem solução à vista, isso cria o desgaste, não a ponto de desestabilizar o governo, mas é claro que cria o desgaste.O senhor nota alguma relação entre o apagão aéreo e a crise no sistema elétrico que abalou a popularidade do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso? São coisas muito diferentes, os públicos atingidos são completamente diferentes e os efeitos são muito diferentes também. Eu acho que nós temos aí duas questões: primeiro, não temos, ainda, dados suficientes para medir direito os efeitos da crise aérea. Nessas circunstâncias, sob forte comoção, não é recomendável você fazer pesquisas e tirar conclusões que possam ser duradouras. A crise do setor elétrico atingiu todos, praticamente 100% da população. Já no transporte aéreo, embora seja hoje um meio de transporte amplamente utilizado pelas classes A, B e C, está longe de ser um transporte de massa que atinja a população do País como um todo, inclusive do ponto de vista da dispersão. Está muito concentrado em um certo número de cidades. Então, atinge de forma direta uma parte muito menor da população.Há no País outro governante que tenha conseguido manter esse distanciamento entre a sua figura e o governo, em questão de avaliação pública? Do ponto de vista de pesquisa de opinião pública, dificilmente, porque nós não temos uma trajetória assim tão longa. Nos presidentes pós-democratização certamente as relações entre presidente e governo ficavam muito evidentes. Eu vejo uma diferença em relação ao presidente Fernando Henrique, que era uma coisa meio contrária, as pessoas não gostavam muito dele, mas gostavam do governo. Acabou acontecendo o inverso. A popularidade dele era menor do que o governo. Esse descolamento - um presidente bem e um governo mal - não me recordo em termos de pesquisas de alguma coisa parecida.Há com quem se comparar em outros países?Há um caso, talvez, parecido. Acho que o presidente Lula lembra um pouco a figura de Nelson Mandela (ex-presidente da África do Sul). Ele teve seus problemas, um governo complicado, e no entanto ele se manteve. Uma coisa interessante é que, tendo chance de disputar a reeleição, preferiu não fazê-lo. Então tem hoje uma autoridade moral e política na África que ultrapassa os limites de seu país.O senhor acredita que seria diferente se ele tivesse mais um governo? O fato de ele não ter disputado a reeleição foi uma questão política interna. Ele tinha controle e ascendência sobre seu partido, mas preferiu agir assim. Eu não diria que Lula errou ao se candidatar à reeleição, mas os problemas que isso gera são de quem está há muito tempo no poder. FRASES"Embora seja um meio de transporte usado pelas classes A, B e C, a aviação está longe de ser um transporte de massa" "Já ouvi vaias ao Juscelino, ao Jânio, ao Jango, já ouvi vaias para todos os presidentes. Só não tomou vaia quem nunca se expôs ao público, como os dirigentes da ditadura militar""A crise do setor elétrico atingiu todos"."A questão do acidente em si provoca comoção, emoções, mas não necessária e diretamente contra o governo"Quem é:João Francisco MeiraCientista político, diretor do Vox Populi. Foi analista e consultor em todas as campanhas presidenciais, desde 1989.Integra a diretoria da Abep, Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa.
domingo, julho 22, 2007
Medos... e Um lugar... são complementares
Não se pode perder uma oportunidade como essa: a de assistir a dois filmes bons e complementares. A crítica 'serena e sensata' talvez não apoie esta opinião, mas a verdade é que Medos privados em lugares públicos e Um lugar na platéia têm uma forte atração: a busca pelo prazer de viver, escondendo os bichos para debaixo do tapete, até que eles não possam mais ficar lá ... e então, venham à tona. Recalcados ou abertamente expressos.
segunda-feira, maio 14, 2007
Hércules 56, mais um retrato da ditadura
O filme tem o louvor de mostrar porque José Dirceu e Wladimir Palmeira são o que são: traidores, não; verdadeiros mercenários. Mas há boas surpresas de gente honesta, que sabe reconhecer a importância de uma luta, a guerrilha foquista, que, embora equivocada, tinha a vantagem de, como diz Flávio Tavares, fazer com que as pessoas dessem o melhor do que elas dispunham naquele momento: a própria vida.
Imagens do exílio também são outro ponto forte do filme.
O atual ministro Franklin Martins aparece demais, fala demais e mantém a já conhecida impressão que boa parte dos sobreviventes quer passar: a guerrilha agia por improviso. Parece que quanto mais infantil parecer a resistência melhor para "safar" aqueles que a desconsideram e a renegam.
O filme se detém ao seqüestro do embaixador norte-americano e vai bem nesta restrição. Mas a idéia do bar em que os amigos se encontram e só bebem água e tônica é um pouco fraca, pueril demais. Vale mais a coleta dos depoimentos individuais, mas cheios de emoção e de entrega.
De qualquer forma, vale a pena. Sempre valerá a pena desnudar a ditadura.
terça-feira, abril 24, 2007
Apenas uma frase...
domingo, abril 22, 2007
Rosso come il cielo
Encantador como Cinema Paradiso, mágico como O Carteiro e o Poeta e libertador como Sociedade dos Poetas Mortos. Está feita a base de Vermelho como céu. Não deixem de assistir. É maravilhoso. Tudo. Tudo é maravilhoso. As boas e inocentes gargalhadas podem vir à tona durante este filme. Sem culpa. Sem nostalgia. Só cumplicidade com a liberdade que existe dentro de cada ser humano, antes de sermos abortados, empurrados para a liberdade, que, por ora, ainda não existe.
Penso que seja a confluência de boas interpretações, bom roteiro, talvez porque baseado em história real, talvez porque já saibamos ser real. É envolvente e simples como as coisas da vida são, antes de começarmos a minhocá-las.
O exílio de um garoto recém chegado ao mundo dos cegos - ou das pessoas com deficiência visual - é um caminho de tristeza e redenção, a busca pelo novo sentido, em meio as descobertas de qualquer garoto pré-adolescente. É um belo filme.
(Em tempo: A escola que na Itália revela-se preconceituosa, no Brasil é vista como inclusiva - para usar o termo da moda - e tem nome. Aqui em São Paulo, na cidade, tratam-se das EMEE´s: Escolas Municipais de Ensino Especial. Lá até 1975, as escolas não eram mistas e além disso contavam com uma divisão, que aqui ainda prossegue... Como se estuda na Itália? Todos sabem braile? Todos sabem a lingua dos sinais (aqui: Lingua Brasileira de Sinais, a Libras)? Como funciona? Há treinamento aos professores? Há estrutura? Tudo isso, para falar muito pouco, vem à tona quando se sai da sessão. Mas isto é para um outro debate).
Rosso come il cielo
Titolo originale: Rosso come il cielo
Nazione: Italia
Anno: 2005
Genere: Drammatico
Durata: 96'
Regia: Cristiano Bortone
Sito ufficiale:
Cast: Luca Capriotti, Simone Gullì, Andrea Gussoni, Alessandro Fiori, Michele Iorio, Francesco Campobasso, Paolo Sassanelli, Marco Cocci, Rosanna Gentile
Produzione: Orisa Produzioni
Distribuzione: Lady Film
Data di uscita: Roma 2006
09 Marzo 2007 (cinema)
Trama:
1970. Mirco Mencacci é un bambino appassionato di cinema. Un giorno giocando con un vecchio fucile, parte inavvertitamente un colpo che lo colpisce in pieno facendogli perdere la vista. All'epoca, ai bambini non vedenti non era permesso frequentare la scuola pubblica, così i genitori furono costretti a metterlo in un istituto specializzato, dove, grazie ad un vecchio registratore sviluppa la passione per il montaggio del suono che lo farà diventare uno dei più rinomati esperti del settore del cinema italiano.
sábado, abril 21, 2007
Pequena Miss Sunshine é um presente à dignidade
Antes de se tornar cult movie, assisti à Pequena Miss Sunshine. Foi numa terça-feira, dia 24 e outubro de 2006, quando ninguém havia anunciado nenhum prêmio para este filme que entre outras características esquisitas chamava mais a atenção pelo cartaz amarelão, fixado no entorno das salas de cinema, que pela despretensão em contar a história de uma menina que quer se inscrever num concurso de Miss.
De lá para cá, muita coisa aconteceu e o filme virou um azarão completo. Azarão porque ganhou inesperados prêmios, para o vô drogadito, pelo melhor roteiro e poderiam ser outros já que este OSCAR estava para lá de morno e mais sem graça que o habitual.
Mas Sunshine não se sobressai porque outros não existem, mas porque é exatamente um filme que vai amadurecer com o tempo e conquistar seus fãs pelo mundo. Com sua delicadeza crua, do adolescente irônico, e cheio de terror diante destes adultos tão insossos e medíocres até o encanto da pequena Abigail que ridiculariza o universo decadente da classe média com seu estilo chocante e ao mesmo tempo crítico por lembrar, talvez até mesmo, da sexualização da infância, cada vez mais grotesca.
Ken Loach continua escavando histórias de opressão
Ken Loach consegue surprender novamente ao resgatar história fresca na cabeça dos irlandeses, mas distante dos trópicos. O imperialismo inglês mostra uma de suas muitas faces de pervesidade. O enredo do filme está ambientado em 1920 quando milícias, em várias cidades da Irlanda, procuram conquistar de fato a Independência do país e livrar as ruas das práticas terroristas dos soldados ingleses. Mas nada de subestimar um inimigo do calibre do imperialismo inglês. Eis que a Monarquia decide 'ceder', mas continuar no controle. Resultado: as milícias racham. Este é o grande mote do filme e as contradições que existem dentro do movimento republicano, entre o que é o IRA e o que são os revolucionários. Depois de Terra e Liberdade é o hora de sorver outros sabores das muitas lutas travadas no século XX.
sábado, abril 14, 2007
O Cheiro do ralo conquista pelo sarcasmo
Imperdível.
Sei que muitos já foram assistir a O Cheiro do ralo de Heitor Dhalia, mas quem não foi ainda não pode ficar na dúvida. Trata-se de um filme realmente fora dos padrões estéticos do cinema brasileiro - e fora aqui no sentido bom da palavra -, e não apenas de falso underground. Humor sarcástico que ronda as ruas estreitas de nossas cidades com seus tipos esquisitos, cheios de poder, perversidade e loucura. Um sujeito que compra as emoções dos outros à medida que vai se distanciando das suas próprias. Um sujeito embrutecido, mas altamente complexo em sua busca por parecer normal. Um hedonista nazi-fascista. Um déspota esclarecido.
Um filme maravilhoso que tem a proeza de fazer rir do pior do ser humano, mas sem ser cético. Fazendo-nos mais normais - distantes de um fétido odor.
sexta-feira, março 30, 2007
Era uma vez nos campos do Senhor
Prisão do rabino choca comunidade judaica de São Paulo
Membros da comunidade acreditam que notícia pode manchar imagem da religião
Bruno Paes Manso e Rodrigo Brancatelli
SÃO PAULO - A divulgação da prisão do presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista (CIP), rabino Henry I. Sobel, chocou a comunidade judaica de São Paulo. O rabino foi detido na última sexta-feira, 23, em Palm Beach, nos Estados Unidos, acusado de ter furtado quatro gravatas de lojas de grife.
Há um consenso entre os membros da comunidade de que a notícia pode chegar ao ponto de manchar a imagem da religião no País. "Essa história está muito estranha, duvido que o rabino tenha feito uma coisa dessas", diz o também rabino Schmulosher Begun, que dá aulas sobre religião e história de Israel no Colégio Hebraico-Brasileiro Renascença, no bairro de Santa Cecília.
"A imagem do Sobel é importantíssima para a comunidade. Tanto que pessoas de má-fé podem usar essa informação para tentar rebaixar os judeus em São Paulo. É uma situação muito estranha para nós. Isso pode exacerbar preconceitos contra a comunidade judaica."
O momento é delicado para a comunidade e todas as pessoas ouvidas pelo Estado pediram para que o jornal esclarecesse que suas declarações foram feitas com base em informações divulgadas na imprensa americana. Eles se disseram chocados com a notícia e afirmaram que esperam a confirmação do próprio rabino Henry Sobel antes de acreditarem na veracidade da história.
Para piorar o mal-estar, o episódio ocorre às vésperas do Pessach, a Páscoa Judaica, que celebra a libertação do povo judeu da escravidão no Egito. As comemorações do Pessach começam na segunda-feira, 02.
Claudia Costin, ex-secretária de Cultura do Estado de São Paulo, disse que o fato de alguém cometer um erro não deve apagar o restante de sua biografia. Claudia lembra um momento marcante na atuação política de Sobel na comunidade judaica brasileira, em fevereiro. O momento era desfavorável à comunidade judaica. O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, havia dado declarações de que o holocausto era uma ficção. Depois teve encontros com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Ambos estreitaram as relações políticas.
Foi marcada a cerimônia religiosa do Dia da Recordação das Vítimas do Holocausto. Sobel articulou a vinda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o evento. Depois do ato, Lula fez declarações criticando os que haviam duvidado da história. "Ele sempre teve uma representação política ativa e positiva para a comunidade judaica brasileira. Acho que sua biografia não pode ser esquecida, mesmo que ele tenha errado".
O jornalista Norman Gall, diretor do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial, disse que conhece Sobel faz 30 anos e que o considera um homem de grande sensibilidade e compaixão. Diz que todos estão sujeitos a momentos ruins e a fraquezas. Segundo Gall, caso o episódio se confirme, ele acredita que o rabino estava passando por um desses momentos complicados. "Todos passam por situações difíceis. Não imagino o que possa ter acontecido, precisamos ouvi-lo."
Amigos mais próximos do rabino, como o diretor-presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Cláudio Luiz Lottenberg, preferiram não emitir opiniões até ouvir a versão de Sobel. Outras seis pessoas ouvidas pela reportagem disseram que não iriam comentar até haver uma posição oficial da Congregação Israelita Paulista, comunicada na noite de quinta-feira, 29. "É uma situação muito delicada para falar qualquer coisa no calor dos acontecimentos", diz o rabino David Weitman.
sábado, fevereiro 24, 2007
Emprego e obras públicas (sem PPP) contra a barbárie da violência
É preciso de emprego... Parar com esta política de bolsas e fazer com que os trabalhadores possam trabalhar. Ah! E enquanto isto os outros morrem de fome? Não, dêem comida diretamente, ao invés de subsidiar a miséria.
Aí vem o Estadão e publica matéria sobre faxineira que vira universitária (http://www.estado.com.br/editorias/2007/02/24/ger-1.93.7.20070224.16.1.xml.) É lógico que é um exemplo, mas não é a maioria. É a exceção. A mais pura exceção. Não é a regra da vida da classe trabalhadora, que está condenada a subempregos cujo salário é acachapante e a dignidade é uma palavra perdida num possível dicionário, e que está bem longe da universidade. Até porque os Pró-Uni são uma farsa. A distribuição de bolsa para as escolas privadas.
sábado, janeiro 20, 2007
Babel bem poderia se chamar: Imperialismo
Babel, o filme de Alejando González Añárritu, bem que poderia se chamar: Imperialismo. Isto porque traz toda a desgraceira promovida pelos Estados Unidos. E, ao contrário do que dizem os críticos, a história do Japão serve muito bem como metáfora da grandeza frágil do império norte-americano e suas metrópoles parceiras-submissas. Mas para que mencionar tais coisas se em cabeça de crítico tudo pára na estética cinematrográfica?
Mencionamos a propósito de inspirar outros a assistirem ao filme. No México, no Marracos e no Japão, Iñarritu consegue fazer com que os dramas vividos pelos personagens sejam incorporados ao "Sabe com quem está falando?", uma espécie de subimperailismo à brasileira. Mas o drama da mexicana (atriz Adriana Barraza, aliás, magnífica no papel), foi - ao menos na minha sessão - a personagem-situação que mais comoveu a pláteia. Apesar do episódio gerador do incidente com a norte-americana ser fruto de uma imbecilidade, a cena lembra muito bem os acidentes com o jovens dos Estados Unidos, movidos por semelhantes irresponsabilidades.
A comoção gerada pela situação da mexicana e a maneira como é tratada pelos ´soldados' de fronteira indignaram a platéia, ao contrário do tiro que acerta Cate Blanchet e da paranóia que toma conta dos turistas e é ampliada na divulgação da imprensa sobre os possíveis ataques terroristas. Aliás, esta crítica secundária é ótima e evidencia mais uma vez o caráter anti-imperialista do filme.
Vale a pena assitir e não pelo que diz a crítica extraterrestre que habita nosso país, uma serviçal confusa dos Estados Unidos pela boca de uma imprensa oficialista.
Até mesmo o fato de usar Brad Pitt e Cate Blanchet para os papéis de quase-protagonistas pode fazer com que o filme seja visto por mais pessoas e ganhe o status de comercial, levando a crítica mais para adiante, ate o povão que não assitiria à película caso não estivessem presentes Pritt e Blanchet. É certo que o caráter massivo também pode deturpar de vez a intenção do diretor, mas não mais do que o fazem os críticos de cinema no Brasil.