
DRUM é uma revista dirigida por brancos em que homens negros talentosos escrevem matérias de entretenimento. Até que a esposa de um dos jornalistas resolve cutucar: - Esta não é a África do Sul que se vê pela janela. É o estopim da virada... da descoberta da verdadeira matéria jornalística, que também está perdida em algum verbete das enciclopédias. Das denúncias de escravidão, de maus tratos prisionais, de prisão sem razão, da desapropriação e expulsão de negros para a periferia. O filme mostra mais: a lei de imoralidade: quando negros namoram brancos. tudo é tão escandoloso e tão próximo. Sempre se pensa em barbárie para algo volumoso do ponto de vista de vítimas e de brutalidade, mas a barbárie está disseminada, próxima e ganhando volume. O filme retrata uma situação pré-prisão de Mandela.

O título do filme é uma referência a Hamlet e Willian Shakespeare. A última cena.
HAMLET: Morro, Horácio. O veneno me domina já quase todo o espírito. Não posso viver para saber o que nos chega da Inglaterra. Contudo, profetizo que há de ser escolhido Fortimbras. Meu voto moribundo é também dele. Dize-lhe isso e lhe conta mais ou menos quanto ora aconteceu... O resto é silêncio.