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domingo, outubro 07, 2007

Aborto: descriminalizar já



Cartaz durante passeata do Dia Internacional de Descriminalização do Aborto, 28 de setembro.

Avenida Paulista. São Paulo, Brasil.

"Eu aborto, tu abortas, somos todas clandestinas". (entidade feminista)

Já passou da hora do aborto ser legalizado no Brasil. Inúmeros são os casos de abandono de crianças envoltos em muita perversidade, e, em geral, a sociedade criminaliza esses atos tomada pelo impacto do iminente assassinato, como na história da recém nascida, Michele, de Belo Horizonte, Minas Gerais (outubro/2007). Se essas mulheres tivessem acesso ao aborto em hospitais públicos nada disso aconteceria. Mas tudo está encoberto pelo falso moralismo da Igreja amparado pela ideologia da morte ao inocente que nem nasceu, mas já tem vida, e, portanto, direito. A mulher burguesa nem de longe se debate em aparentes dilemas. Vai a uma ótima clínica e realiza, sem constrangimentos ou riscos, um aborto de maneira correta e eficaz.
O aborto é uma necessidade pública para liberar a mulher trabalhadora de um fardo, de uma opressão que a sociedade patriarcal, machista, capitalista, e cristã lhe impõe desde muito tempo.
A sociedade debate argumentos desconexos, mas - amparada pela ideologia capitalista - não chega ao cerne do problema; crianças morrem mais cedo ou mais tarde porque muitas mulheres estão impedidas de exercer seu pleno direito sobre seu próprio corpo.
Países como Portugal, onde o peso da Igreja Católica é simplesmente mais que relevante, votaram pela liberação do aborto. Enquanto isso, a mídia, pedestal de louvor da ideologia capitalista, aqui no Brasil, diz que as famílias rejeitam cada vez mais o aborto. Será? E que papel cumpre o Estado? Lula vai se esquivar de levar adiante este debate? Médicos falso-moralistas atendem mulheres com hemorragia que, logo após terem alta, são submetidas a um tratamento criminal; são presas. Isto é um absurdo. As mulheres precisam ter garantido o direito sobre seus corpos.
Vale citar até mesmo um site gay português que, embora ainda jogue a decisão para os pais da criança, leva o debate de forma objetiva e sem leviandade. http://gay.blogs.sapo.pt/120373.html?replyto=422453
Entre os meios repressores, existem exceções como: Católicas pelo direito de decidir e outras, como a Agência de Informação Frei Tito para a América Latina - Adital - que menciona o número de mortes entre mulheres que não tiveram acesso ao aborto legal. Acesse:http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=13910)