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O que é um documentário?

sábado, abril 18, 2009

Fumando espero revela cineasta Michael Moore à brasileira


Um documentário ótimo... com humor... com ritmo bom... com tiradas excelentes cuja cineasta Adriana Dutra (bastante talentosa) é também protagonista em sua labuta na tentativa de parar de fumar. Em poucas palavras isso é Fumando Espero inspirada em música cantada em castelhano para dar o clima sensual ao assassino silencioso que se instala nas boas almas do mundo. Eu fui uma dessas almas.

Ótima película para quem foi, é ou será fumante, ainda que passivo. Um dos melhores documentários ao qual assiste nos últimos anos porque subverte a temática do tabaco numa abordagem superior e classista. Muito interessante.

Esqueça as boçais sinopses que são mesmo uma porcaria.

Vá ver e se divirta na hora e sob medidas certas da indignação que lhe tomará a alma no final. Estamos de volta à depedência dos armazéns pelos colonos entre o final do século XIX e o início do século XX.

Como ex-fumante há quase três anos, posso escrever que a empatia em cada cena se faz presente pela completa verossimilhança. A alma do fumante é igual a do apaixonado. Conheça uma e conhecerá todas.
Se alguém tiver disposição poderá assistir ao filme Obrigado por fumar. Não se trata de comparação, mas rende um bom debate.

Gislene Bosnich

sábado, fevereiro 07, 2009

O Leitor é o retrato da vaidade humana


Por sorte não li a sinopse que apresentava o filme O Leitor. Fui para ver a Kate Winslet, que é muito melhor e mais promissora que a jovem do trágico Titanic, no duplo sentido em que isto expressa.

Logo de início, se o espectador não for tomado por uma vertigem, vai perceber que algo de sutil relaciona O Leitor com Central do Brasil. Isso mesmo. Parece impossível, mas acontece. A primeira parte do filme é o doce lado humano com suas intempestividades.

Mas o filme vira, e revira-se abrindo outra perspectiva com o que de fato é o tribunal da vida, das paixões, dos não perdões que a nossa vaidade não nos permite. E as crueldades do mundo se sucedem. As paixões sentidas e reveladas por pessoas que não conhecemos. Que não queremos conhecer. Mas há também o fato de que ao conhecê-las revela-se o porquê se deixaram ou até facilitaram nossa aproximação. Essa dor deste sentimento não correspondido é imensa. Para não ir até profundamente o perdão da própria alma escolhe-se não perdoar em nome da alma do outro. Mas o que se quer pacificar é apenas um coração angustiado pela desolação do desperdício de sentimento. Nisso os dois personagens dividem por motivos distintos, cada qual é vaidoso e vai até as últimas consequências em suas misérias.
Gislene Bosnich