Clique Porta-curtas Petrobrás - Nestes links, o internauta tem acesso a filmes de curta-metragens - até 30 minutos - que tem relevância para o debate em sala e também extrassala de aula. Já na coluna à direita abaixo há uma seleção de vídeos que estão disponíveis no Youtube e também oferecem conteúdo compatível com o programa de História e de Sociologia, bem como, outras áreas afins.

O que é um documentário?

quarta-feira, agosto 29, 2007

Santiago é um afago à arte cinematográfica

Documentário mostra pujança das pequenas e particulares histórias anônimas
Santiago é um daqueles filmes maravilhosos que você quer levar para casa para guardar cada frase. Cada reflexão de um ser humano que, parece, se empenhou em refletir sobre a vida que ele nunca teve...que nunca poderia ter. Não é utópico. É propriamente idílico.

A erudição passa por locais tão intrigantes... Um mordomo que toca piano e escreve 30 mil páginas sobre as mais diveras nobrezas que já habitaram a face da terra em todos os tempos e que, além disso tudo, é poliglota. Este senhor, à época com mais de 70 anos, divide conosco seus sonhos, seus contos, suas fadas... (materializadas em rainhas, condessas. Personagens reais envoltos em defesa lírica). E, como adverte o próprio diretor, tem suprimido seus demônios, por conta e obra do não-amadurecimento do mesmo diretor.

É verdade...é necessário reconhecer. Há mais burgueses talentosos depois de Cazuza... e talvez João Moreira Salles seja um deles. Não livra a cara da classe à qual pertence, mas pelo menos livra a cara da arte. Às vezes dilacerada pela Globo Filmes.

O documentário é como um texto em que se escreve, e sofre interrupção. Retorna-se menos ingênuo e mais áspero na crítica. Mas um texto não acusa envelhecimento, não acusa processo. Ninguém sabe se foi feito de uma tacada, escrito quase como catarse. O cinema, sim. É dilacerante.

terça-feira, agosto 14, 2007

Person vale mais que o ingresso


Há pouco alguém escreveu que os cineastas de estréias acertam, principalmente, quando não se atrevem a mudar nada na linguagem, e sim a apenas contar uma boa história. Este deve ser o caso de Marina Person no tributo que fez ao seu pai, Luís Sérgio Person. O cienasta de filmes tão difíceis de assistir pode ser conhecido através deste documentário que apesar de realizado pela filha consegue escapar do piegas, aliás, passar bem distante deste espaço.

domingo, agosto 05, 2007

Comédia do Poder credita corrupção ao capitalismo, negando seu aparente viés nacionalista



O filme tem boas cenas, mas parece que o público brasileiro não entende. Parece que não faz associações. Não ri das mesmas piadas que aqui provocam alarde. A burguesia é a mesma; em qualquer lugar é sempre malcheirosa. E increvelmente: nunca sabe nada sobre nada. Nem a burguesia nem seus gentis servos à la antigos ditos esquerditas ou apenas burocratas. Ou gente sem escrúpulo que nem precisa de disfarce. É assim no mundo do todo, há algum tempo. Por isso, A Comédia do Poder é um filme que vem a propósito para a atual conjuntura do Brasil. Há ótimas tiradas. Pena que o filme, apesar de se propor a ser um alegoria do escárnio, não abusa da face bruta do capital. Ninguém morre. O que faz tudo parecer menos corrompido em relação ao que realmente é.