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sábado, setembro 09, 2006

Obrigado por fumar revela moral insana da relativização estadunidense

Filme reacionário e platéia burra.


HSBC Belas Artes, sábado, 19h30min, dia 9 de setembro. Feriado prolongado cultural. Crítico cultural. Calma lá que nada é assim tão perfeito. Vivemos e somos seres sociais, e é difícil aceitá-los por vezes... por vezes como esta noite.
O filme Obrigada por fumar é a projeção da imbecilidade humana ou pelo menos estadunidense. Mas o pior é ver a platéia confusa dizendo que o filme embola o meio de campo; coisa assim meus ouvidos puderam captar. Sem considerar a misogenia latente dos machos de plantão quando o ator que vive o canalha-mor se vê obrigado a dar o troco numa jornalista tão canalha quanto o seu fonte-amante casual.
Obrigada por fumar não é polêmico. É falsamente polêmico, pois, relativiza toda a canalhice. Ao final, o pseudo vilão diz que seu talento é ludibriar assim como outros têm talento para jogar basquete e outros para matar. Émile Durkheim, quem diria, está muito atual.Obrigada por fumar é o idílio do estúpidos que estão na dita parcela pensante da sociedade.

O político denuncista é apenas mais um tipo conhecido do brasileiro. Pura farsa da commedia dell´arte.

O que mais impressiona é: por que cargas d´água o público se deixa induzir por um filme que na maior parte do tempo relativiza o caráter do ser humano e transforma até mesmo as crianças em estereótipos de canalhas adultos ? As pessoas sorriem porque foram hipnotizadas por este cinema com pecha de alternativo, cult movie. Imagine você... isto é digno de ganhar prêmio de O poderoso alienador. Uma dose e desqualifica o ser humano. Estamos anestesiados. E esta nossa classe média; só serve mesmo para aparar as fezes que vêm de cima. O tiro que mata tem dor distinta a depender da direção da bala.

Espelho mágico

  • Espelho mágico


  • Manoel Oliveira esbarra de novo num Portugal extremamente religioso, que não penetra na alma do brasileiro hipócrita cristão.
    Vai ter curta duração, mas certamente vale a pena conferir sua crítica à alma dos ricos e suas preocupações, que cá destes lados nada têm de divino e muito providencialmente encontra-se em qualquer loja de shopping. Nossa burguesia, convenhamos, é particular em tudo.

    Timão de Atenas


    É verdade - com já diziam os que sabem do ato de atuar - um ótimo ator segura um texto ruim e o faz crescer, mas um ator mediano desaba um texto ótimo. Que dizer então de um ator menor que mediano. É capaz de um grande aniquilamento. Assim é a impressão que se tem quando se acaba de assistir Timão de Atenas. Na noite da sexta-feira dia 8 de setembro tive a oportunidade conferir Renato Borghi vivendo Timão, um mecenas, um homem generoso que se vê diante da rua da amargura exatamente por ter distribuído toda sua fortuna. Há momentos majestosos perdidos entre lapsos de marcação de falas e de tempo. Tudo num aparente improviso. Sei que os atores passaram pela Oficina Oswald de Andrade durante o final do ano passado até a estréia há alguma semanas. Mas está mal esta montagem. Uma pena, porque o texto, que vale a pena mesmo (eu não o conhecia) traz elementos muito atuais.
    Timão de Atenas é uma tentativa do resgate da inocência, que talvez ainda nem tenha podido existir, e uma crítica, às vezes sutil, às vezes rasgada, ao famigerado Governo dos Traidores Lulaceanos.