Filme estadunidense é permeado de defesas contestáveis (como a do Greenpeace) e incorpora levemente o documentário The Corporation, mas não custa (quase) nada assisti-lo.
Por menos que se espere, é verdade que sempre se espera algo de um filme estadunidense que pretende denunciar o que quer que seja. Imagine adentrar a vastidão de possiblidades do mercado alimentício. Temas e subtemas vêm à tona. Nação fast food não vai entrar para a história por isso, mas talvez por aquilo que menos tenha querido introduzir como debate: o nível de exploração cada vez mais sórdido dos imigrantes mexicanos, aliás, em especial, das mulheres. Algo do que se viu em Pão e Rosa, de Ken Loach, explorando mais o submundo real que a consciência política dilacerada pela condição básica da existência: comer.
O sotaque espanhol está ficando cada vez mais audível no cinema estadunidense. Como dizem os mexicanos: "Não somos nós que invadimos as fronteiras, foram eles que a puxaram"; em relação a tomada de terras do México pelos Estados Unidos ainda na segunda metade do século XIX.
Greg Kinnear, o pai bonachão metido a escritor de 10 passos para o sucesso, de Pequena Miss Sunshine, não repete sua atuação, mas Paul Dano - que vive o adolescente que se recusa a falar com a família até ser aprovado como piloto de caças - consegue, com um papel mínimo, chamar a atenção.