
Antes de se tornar cult movie, assisti à Pequena Miss Sunshine. Foi numa terça-feira, dia 24 e outubro de 2006, quando ninguém havia anunciado nenhum prêmio para este filme que entre outras características esquisitas chamava mais a atenção pelo cartaz amarelão, fixado no entorno das salas de cinema, que pela despretensão em contar a história de uma menina que quer se inscrever num concurso de Miss.
De lá para cá, muita coisa aconteceu e o filme virou um azarão completo. Azarão porque ganhou inesperados prêmios, para o vô drogadito, pelo melhor roteiro e poderiam ser outros já que este OSCAR estava para lá de morno e mais sem graça que o habitual.
Mas Sunshine não se sobressai porque outros não existem, mas porque é exatamente um filme que vai amadurecer com o tempo e conquistar seus fãs pelo mundo. Com sua delicadeza crua, do adolescente irônico, e cheio de terror diante destes adultos tão insossos e medíocres até o encanto da pequena Abigail que ridiculariza o universo decadente da classe média com seu estilo chocante e ao mesmo tempo crítico por lembrar, talvez até mesmo, da sexualização da infância, cada vez mais grotesca.
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