Infelizmente, o filme Querô se perde em sua adaptação. A aparente facilidade de deslocar o filme da década de 70 (século XX) para estes anos iniciais do século XXI faz com que tudo fique também deslocado. É certo que este fato não diminui a atuação de Maxwell Nascimento ou mesmo deixa com que seja menos notada. Mas é claro que o filme teria muito a ganhar se fosse caracterizado em meados de 70, época em que transcorre o romance de Plínio Marcos, baseado em uma reportagem de jornal. A ditadura militar está à espreita. A tortura funciona como o cárcere dos infratores. Poderia haver este tipo de condução. Mas tudo fica artificial, incluindo a cena do baile funk (com perdão ao funk de verdade) em Santos.
É uma adaptação, mas poderia ter ficado mais com o original. É bom vê-lo, mas é uma viagem com paisagem previsível.
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