Na linha, vamos ao cinema para encontrar respiro para a alma, Conversas com meu jardineiro vem bem a calhar. Um filme bom e fácil. Profundo, simples e que dispensa o fástio que tem dado linha a alguns filmes franceses. Alguns, não todos, muito embora haja excesso naqueles que enveredam por tal caminho.
Outra opção para entretenimento é Meu nome não é Johnny com Selton Mello, sempre ótimo, interpretando um personagem real que conseguiu se safar de penas cruéis aplicadas aos traficantes.
Não há nenhuma relação com o filme de José Padilha, ainda bem, e a direção tem clareza que o fato de ser branco de classe média fez a diferença no destino real do protagonista. Não há moralismo, mas a idéia do bom garoto que não agiu com truculência pode parecer uma opção, que sabe-se não existe. É o famoso pacote. Tem de comprar tudo, sem flexibilizar. É certo que o tráfico mudou em uma década e meia, mas andar desarmado deve ter sido para bem poucos.
Selton Mello é genial, mas sua atuação em O Cheiro do ralo ainda é antológica.
Gislene Bosnich
Gislene Bosnich